VERÃO - FÉRIAS

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domingo, 14 de agosto de 2011

Breves apontamentos sobre a história do Santuário da Senhora da Saúde da Serra

No alto da serra do Arestal, no lugar de Gestoso, na freguesia de S. Pedro de Castelões do concelho de Vale de Cambra, foi construída uma ermida primitiva, de pequenas dimensões, da qual se desconhece a data da sua construção. No seu altar teria as imagens de Nossa Senhora e de Santo António que ainda hoje existem.

Esta ermida começou a ter bastante fama pelos seus milagres e os romeiros, vindos das mais distantes terras desde a beira mar, começavam a chegar em grande número, nos dias 14 e 15 de Agosto. Este espaço passou a ser pequeno demais para poder albergar tantos visitantes. Em 1782 foi edificada uma nova ermida, perto do local da primeira, a cerca de duzentos metros, com uma pequena capela mor, um altar que ainda hoje existe, uma sacristia e um campanário.


Os romeiros, cada vez em maior quantidade, deixavam elevadas ofertas nos dias da festa anual, mas estas não foram aplicadas na sua conservação, que depressa se degradou. O então pároco da freguesia, João Santos figueiredo, reconhecendo a má gestão, deixou grande parte do seu testamento para obras na ermida, antes de falecer. As obras realizaram-se, a ermida foi alargada, mas os párocos que se seguiram continuaram a desmazelar o local. Apareciam unicamente nos dias de romaria para receber as esmolas. Os romeiros aperceberam-se deste abandono e começaram a escassear as esmolas, ano após ano.


Após a implantação da República, em 1910, foi criada a Confraria da Senhora da Saúde da Serra, destinada cuidar do culto na ermida. Mas esta confraria também muito pouco fez. Abriu um caminho até ao lugar das Corgas e substituiu o soalho da capela, que estava podre, por mosaicos.


Em 1926, surgiu o Estado Novo. O novo pároco da freguesia de Castelões, Joaquim Manuel Tavares, em conjunto com uma nova corporação que constituiu, mandou fazer obras no local. Foi alargado o adro da capela e o fontanário transferido para um espaço mais amplo. Da capela ao cruzeiro foram construídas três avenidas, para os romeiros poderem cumprir as suas promessas. A capela foi completamente restaurada, conservando-se apenas o altar e a capela mor. As obras iniciaram-se a 26 de Março de 1926 e a ermida foi benzida a 13 de Agosto de 1936, pelo bispo do Porto. Foi construída uma casa para receber os romeiros que se achassem doentes, dois novos coretos e um local onde se pudessem obter refeições. Em 1939 constituiu-se a Irmandade de Nossa Senhora da Saúde, para que se continuasse a obra do pároco.

Há relatos e referências feitas a esta romaria desde há muito tempo, como os grandes escritores portugueses Ferreira de Castro e Júlio Dinis na "Morgadinha dos Canaviais"e "Pupilas do Senhor Reitor".


Os romeiros que vinham cumprir as promessas eram oriundos da beira mar e beira rio, os vareiros, do Porto, Coimbra, Arouca, que se deslocavam em grupos - rusgas, com tocatas ou somente cantando, por caminhos que encurtassem a distância. Traziam o farnel constituído por bacalhau frito, broa, rojões, chouriço, presunto, galos de capoeira e bolinhos de bacalhau, tudo acompanhado e bem regado com vinho tinto.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Como dizia um grande escritor português, de seu nome Eça de Queirós:

"Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente, sempre pelo mesmo motivo!"

Ainda e sempre atual este enormíssimo pensamento, não acham?