O Polegarzinho
I
Era uma vez o Polegarzinho
Dos sete irmãos o mais novinho
Mas valente e disposto a lutar.
De terror gelou o seu coração
Ouvindo de seus pais a intenção
Para bem longe os levar.
- “Não tenho onde trabalhar!
E não os posso alimentar!
Talvez encontrem uma alma caridosa.”
No dia seguinte todos saíram
A intenção do pai cumpriram
Sabendo da intenção odiosa.
III
Polegarzinho, bem espertinho,
Usou o último pedacinho
De pão que tinha guardado
Para marcar o caminho
De volta ao desejado ninho
Donde tinha sido levado.
IV
Logo que o pai desapareceu
Os irmãos só viam bosque e céu
Polegarzinho ficou aterrorizado.
Os pássaros comeram os restinhos
Já não sabiam os caminhos1
Para voltar ao lar ambicionado.
V
Cheios de medo caminhavam,
De um lado para o outro andavam
Chegaram a uma grande mansão.
Abriu-lhes a porta uma mulher amável
- “Que fazem aqui?” – perguntou afável
- “Mora aqui um ogre comilão.”
VI
- “Dê-nos alguma coisa de comer!
Temos fome e queremos beber”.
- Disse o Polegarzinho, voz medrosa .
- “Espero que o ogre demore a voltar!”
- Disse a mulher e mandou-os entrar.
Embora estivesse muito receosa.
VII
Oh! Que grande alegria!
Tanta comida que ali se via!
Tantas guloseimas e manjares.
Mas barulho de passos se ouviu
E um ogre enorme surgiu
Travando aqueles paladares.
VIII
- “Cheira-me a carne de crianças!
À ideia me traz lembranças!”
- Com voz de trovão gritou.
Os meninos saltaram pela janela
O ogre descobriu logo aquela
Por onde a criançada saltou.
IX
- “Não me escapareis!”
Em breve apanhados sereis!”
Os irmãos desataram a correr.
O ogre era grande e pesado
E como já estava cansado
Deitou-se para adormecer.
X
Polegarzinho disse assim:
- “Venham atrás de mim,
As mágicas botas vamos tirar.”
Se assim pensou, melhor o fez
E foi tirando uma de cada vez.
- “Nunca mais nos vai apanhar!”
XI
Os pés depressa entraram
As botas facilmente se ajustaram
Ficou contente o Polegarzinho.
Graças a elas pode percorrer
O bosque até conseguir ver
A casa do seu paizinho.
XII
A família outra vez se juntou
Nunca mais fome passou
As botas foram a riqueza.
Mensageiro real, Polegarzinho,
Ganhando muito dinheirinho
Devido à sua esperteza.
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