Pinóquio
I
Gepeto, trabalhando na sua carpintaria,
Um boneco de madeira esculpia
O Grilo Falante fazia o cri-cri.
Fígaro, o seu gato, brincava,
Cleo, o peixinho, no aquário nadava.
A vida corria calma, aqui.
II
- “Estás pronto!? Até que enfim!...
És de pinho, vou chamar-te assim:
Pinóquio!” , disse Gepeto contente.
Foi logo dançar com ele, feliz,
- “És o filho que eu sempre quis!”
Era noite, foram dormir, finalmente.
III
Olhando pela janela, desejou,
Estrela d’Alva o Pinóquio transformou
Num menino mesmo verdadeiro.
A Fada Azul disse-lhe então:
- “Tens de distinguir o mau do bom!
Grilo Falante será o teu escudeiro.
IV
Gepeto ficou satisfeito ao acordar:
- “Tu estás vivo!? Podes andar e falar!”
Decidiu mandá-lo para a escola.
Grilo Falante o acompanhou
Em direcção da escola logo marchou
Às costas, Pinóquio levava a sacola.
V
Raposo João Pilantra e o Gato Gedeão
No caminho, deram-lhe um encontrão,
Venderam-no ao dono de marionetas, Stromboli.
Este amarrou-o com um cadeado
E desta cidade o infeliz foi levado
Nunca mais ninguém o viu por ali.
VI
A Fada Azul logo lhe apareceu
Perguntando o que lhe aconteceu.
Ele, só mentiras ia inventando.
O nariz cada vez mais lhe crescia
Pinóquio, onde se meter, já não sabia
Prometendo nunca mais o tal fazendo.
VII
Encontrou os tais dois no caminho
Logo formaram um grupinho
Para ir de férias o entusiasmavam.
Mas venderam-no a um gordo cocheiro
Na carruagem o colocou em primeiro
Que seis burrinhos tristes puxavam.
VIII
A ilha dos Prazeres, finalmente,
Pinóquio corria alegremente
A cidade era um parque de diversões.
Tudo ali era permitido
Vidros, móveis, tudo partido,
Eram tantas confusões!
IX
Pinóquio ficou muito assustado!
O amigo Zé Bagunça foi transformado
Num daqueles tristes burrinhos!
Só agora o Grilo Falante ouviu
Correndo até ao fim da ilha, dali fugiu
Chegando a casa de Gepeto, cansadinhos.
X
Mas na casa não estava ninguém
Precisava de falar com alguém
Até que uma carta encontrou.
Uma baleia tinha-o engolido
Mas estava muito entristecido
Nunca mais a ver Pinóquio voltou.
Apareceu a Fada Azul disfarçada
Gepeto, ao vê-los, ficou surpreendido
Explicar-lhe mais tarde ficou prometido
Tinham urgentemente dali ir saindo.
XII
Fizeram uma grande fogueira
Mas não saíram logo à primeira
Mas a baleia acabou por espirrar.
Os três para longe dali nadaram
Sãos e salvos a casa chegaram
Eis Estrela d’Alva no céu a brilhar!
XIII
A Fada Azul também apareceu
Pinóquio, ser menino a sério mereceu
Contente, começou a rir e a cantar.
Grilo Falante recebeu uma medalha
Pois não teve nenhuma falha
O boneco num menino ajudara a transformar.
1 comentário:
Aproveito o cantinho do Pinóquio para responder ao comentário deixado no blogue da minha turma sobre a minha fotografia e dos meus "piquenos". Realmente o fotógrafo não foi dos melhores mas em tempo de crise foi o que se pôde arranjar... Pode ser que para a próxima seja melhor.
Beijinhos e obrigada pelo elogio. BOM ANO
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