VERÃO - FÉRIAS

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sábado, 5 de dezembro de 2009

Histórias Tradicionais

“A Gata Borralheira”

I
Em tempos que já lá vão
Nasceu numa ocasião
Uma menina muito bonita.
Mas à porta o azar bateu
A sua mãezinha morreu
Ficando ela muito aflita.

II
O seu pai voltou a casar
Trazendo para o seu lar
A madrasta e suas filhas.
Foi tão grande esta desgraça!
A criança só ouvia ameaça
Queria vê-las a milhas.

III
Chamavam-lhe Gata Borralheira
O seu lugar era na lareira
Passava os dias a trabalhar.
Lavava a roupa, passava,
Limpava e cozinhava
As outras? Foram bailar.

IV
Houve baile no palácio, um dia,
Chorava, cheia de nostalgia,
Gata Borralheira também queria ir.
Não tinha um vestido, sequer!
Nem transporte, mas queria ver,
Ao baile, no salão nobre, assistir.

V
Apareceu a Fada Madrinha
Que lhe arranjou roupinha
E uns sapatinhos de cristal.
Da abóbora fez carruagem
E ela lá seguiu viagem
Deveras fenomenal!

VI
Quando chegou ao nobre salão
O príncipe, embasbacado até mais não
Com ela quis logo dançar.
Mas o tempo passa depressa
Antes da meia-noite se apressa
Correndo, até o sapato largar.

VII
O príncipe, deveras apaixonado,
Procura-a por todo o lado
Sem nunca a encontrar.
Manda passar pelas aldeias
As jovens, chamando, sem peias,
Para o sapatinho experimentar.

VIII
As irmãs assim fizeram
Calçar o sapato? Nem puderam.
Ficando mesmo danadas!
E a Gata Borralheira?
Calçou-o logo à primeira
Sem nenhumas dificuldades.

IX
Trataram logo do casamento
Com o príncipe, naquele momento,
Houve grande celebração.
Foi uma festa especial!
Naquele palácio real
Com toda a população.

X
Feliz, toda a gente assistiu,
Mas naquele palácio ninguém viu
As filhas e a madrasta.
Ficaram envergonhadas
Por todos foram desprezadas
Arrependidas quanto basta.

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