VERÃO - FÉRIAS

VERÃO  -  FÉRIAS

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009



O Gato das Botas



I


Havia um pobre moleiro

Que não deixou nenhum dinheiro

Aos filhos, quando morreu.

Ao mais velho deixou um moinho

Ao do meio um burro velhinho

Para o mais novo? Um gato sobrou.


II


Era um gato muito especial

Sabia falar muito bem, afinal

Ao seu dono jovem logo disse:

- Se a capa e o chapéu me emprestares

E as botas também me arranjares

Muito rico eu te farei!


III


- Claro! – disse o jovem espantado.

O gato tinha tudo planeado:

Caçar coelhos com umas pás!

Foi oferecê-los ao rei, deferente:

- Aceite sua majestade o presente

Da parte do marquês de Carabás!


Iv


O jovem foi para um lago esperar

Que o rei e a filha viessem passear

O gato começou a gritar:

- Roubaram ao meu amo a roupa

E não foi assim coisa pouca

O marquês de Carabás está a gelar!


V


Daquele nome, o rei se recordou

E, muito grato que estava, ordenou:

- Tragam um fato para ele vestir!

Com aquele fato se apresentou

E a princesa de tal forma o olhou

Que os reis pensaram: ali marido existir.


VI


O gato, muito atento e sabichão,

Não deixou passar a ocasião

Para visitar um castelo os convidou.

O castelo não era do marquês

Era de um ogre que o fez

que mais uma vez aldrabou.


VII


Chegado ao castelo, uma pergunta faz:

- És mágico, serás mesmo que és capaz

De te transformares num animal?

Ficou com o orgulho maltratado

Num urso ficou transformado

E a seguir num dragão assustador.


VIII


O gato ficou admirado

Mas já estava de caso pensado:

- Animais pequenos, também?

O ogre transformou-se num rato

Que foi parar à barriga do gato

E que lhe soube muito bem!


IX


Chegaram os reis e a princesa

Que tiveram logo a certeza

Ser para a filha excelente partido.

Pouco depois, casamento anunciado,

E o filho do pobre moleiro casado

O plano do Gato das Botas cumprido.


Sem comentários: